Thursday, April 28, 2011

U2 - Brasil 2011: eu fui! (Parte III)


7:30 da noite. A chuva finalmente havia terminado. O estádio estava quase lotado. Luzes se apagaram. O telão acendeu. Nele apareceu o nome Muse. O show de abertura estava para começar.

Aquele nome ainda era desconhecido de muita gente. Mesmo porque parte do público do U2 é um público mais antigo, mais old school, eu diria. Maciel chegou até a fazer uma brincadeira: é o mousse (tsc!). Ele, no entanto, já sabia da banda.



Eu conheci o Muse já faz um tempo - uns três anos, acredito. Lembro de uma vez em que, ao jogar Guitar Hero III, havia a canção Knights Of Cydonia, do álbum Black Holes and Revelations. O idiota aqui, de início, não havia gostado da música. A única coisa que lhe agradara foi a sessão e o riff finais: no one’s gonna take me alive, the time has come to make things right...


Até conhecer Starlight. Meu irmão perguntou a si mesmo: quem são esses caras que emplacaram 3 álbuns na lista dos 50 melhores álbuns britânicos, pela revista Q? Curioso, entrou no YouTube para assistir o videoclipe da música - foi quando eu a ouvi pela primeira vez. Aquilo me chamou a atenção. E dali em diante, passei a gostar da banda (e de Knights Of Cydonia).

O show:


Como o navegante pode perceber, não sou nenhum hardcore fan da banda, embora eu goste de várias de suas músicas e ache que o U2 fez bem em escolhê-los como banda de abertura. Eles merecem ser mais reconhecidos pelo mundo afora (inclusive o Brasil), mesmo com o sucesso que fazem em sua terra natal (Inglaterra).


Plug In Baby foi a primeira da noite e a mais antiga do setlist. Com um riff bem peculiar e inconfundível, teve uma resposta bastante positiva do público, como se espera em todo ínicio de show.

Infelizmente não ouvi o álbum Resistance a tempo de poder vibrar em suas músicas, embora tivesse tido mais que tempo suficiente, já que o álbum foi lançado em setembro de 2009. Logo, tudo que pude fazer em Resistance e Uprising foi apenas ouvir e assistir atentamente à performance, e é claro, tirar algumas fotos, que, aliás, não ficaram boas do jeito que eu queria. Toda vez que usava o zoom, o resultado era frustrante: a foto quase sempre saía embaçada.

Detalhe: a única foto minha neste post é a primeira. As demais foram tiradas da internet (as do show são do site musebr).

Time Is Running Out e Starlight, a terceira e a sexta do show, tiveram uma recepção mais calorosa que as duas primeiras canções, como era de se prever. O que realmente faltou em ambos os momentos foi o resto do público se soltar mais, curtir mais as músicas, o que teria deixado a experiência mais agradável.

Feeling Good, a qual Matt canta ao piano, também teve muito o meu apreço. Para quem não conhece, vale a pena conferir o videoclipe, muito interessante.

Stockholm Syndrome foi a penúltima do setlist, e a mais "nervosa" do show. Para deixar a performance ainda mais marcante, Matt tocou os riffs de School e Endless Nameless, do Nirvana, no final, com Chris e Dom acompanhando-o no baixo e na bateria. E depois de fazer muito barulho e uns sons malucos na guitarra, Bellamy a jogou na bateria de Dom, para o delírio do público, que vibrou ao ver a cena.


Knights of Cydonia foi introduzida por um solo de gaita do Chris - A Man with a Harmonica. Achei que o público fosse surtar ao ouvir essa música no show, como naquela performance no Wembley Stadium. Mas não foi muito bem o que aconteceu. Havia até um grupo de adolescentes na minha frente, que vibraram em praticamente todas as músicas que a banda tocou. E talvez fossem os únicos, na verdade, além de mim, que, naquelas redondezas, pularam, gritaram e cantaram. Enfim, tudo foi muito rápido, mas foi bom.


Setlist

Plug In Baby
Resistance
Time is Running Out
Feeling Good
Uprising
Starlight
Stockholm Syndrome
Knights Of Cydonia


É uma pena que a apresentação do Muse tenha durado tão pouco. Afinal, foi um show de abertura de pouco mais de 40 minutos de duração, insuficientes para um nome de peso como o Muse. E senti a falta de hits como Supermassive Blackhole e Hysteria, que fizeram parte do setlist do primeiro show -
queria muito ter visto o Chris tocar aqueles riffs insanos no baixo.

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