Thursday, April 28, 2011

U2 - Brasil 2011: eu fui! (Parte II)


Chegamos à Avenida Jorge João Saad perto das 2 horas da tarde. Havíamos conferido o preço do estacionamento no Shopping Butantã, que estava disponibilizando um andar exclusivamente para quem fosse ao show do U2. R$ 150,00. De jeito nenhum!, disse Maciel, meu colega de trabalho, quem dirigia o carro. O segurança, que nos passou a informação, argumentou: mas lá fora está ainda mais caro! Não muito obrigado, Maciel respondeu.

Ah, se tivéssemos acreditado no segurança! Tudo conversa. OK, R$ 100,00 ainda é um preço amargo, mas é o que conseguimos achar num comércio bem mais perto do estádio. Deixamos o carro lá e fomos até um restaurante, que ficava no outro lado da avenida. Já pude ouvir de longe, então, a checagem do som: o quarteto estava tocando o instrumental de Moment Of Surrender. Evandro, que também estava conosco, me deu uma capa de chuva, que havia trazido de casa - para não pagar caro.




Acontece que o idiota aqui esqueceu a capa na mesa do restaurante, de brinde, para alguém que aparecesse. E o tempo estava bem indeciso: garoava, parava e aparecia o sol por alguns minutos, até que um grupo de nuvens o tampasse novamente. Na dúvida, era bom levar a capa, e eu, que não a havia comprado e que havia recebido uma de presente (que sorte!), a deixou para trás.

Já perto do estádio, ouvi outra canção familiar: “hello, is there anybody in there? Just nod if you can hear me! Is there anyone at home?” Sim, Comfortably Numb, do Pink Floyd, enquanto procurávamos a entrada para a pista. Creio que tenhamos gastado uns 30 minutos para entrar: era 3:25 da tarde quando Caroline, esposa do Evandro, tirou nossa foto com a “Claw” no fundo (primeira foto). Maciel me chamou para tirar uma foto dele com o distintivo do São Paulo FC atrás. Como também sou são-paulino, aproveitei a oportunidade.

De início, como sempre, não havia muita gente na pista, com exceção do Inner Circle, que estava praticamente lotado. Se quiséssemos, poderíamos ter ficado mais perto do palco. Mas ainda era cedo, e tivemos que ir ao banheiro, comer e beber alguma coisa para repor nossas energias. Estávamos tranquilos, satisfeitos com a visão que já teríamos.

Enquanto passavam as horas, a equipe de som tocou um playlist muito bacana. Das que lembro, porque muita coisa eu não conhecia, destaco A Forest, do Cure, canções do Suburbs, do Arcade Fire (tocaram a maioria das faixas do álbum), Lotus Flower do Radiohead e Next Girl do Black Keys.


Conhecemos um rapaz de Campinas, que acabou nos acompanhando durante o show. Ele dizia: vai chover. E por volta das 5 horas, o tempo começou a fechar de verdade. Nuvens negras se aproximavam e, então, eu pensei: agora vai chover mesmo, pra valer. E eu estava encrencado, porque a capa que eu havia ganhado do Evandro já era. Como estava vestindo duas camisetas, tirei a de cima (da turnê do U2, que comprara logo no primeiro estande que encontrei dentro do estádio) e a usei para proteger a cabeça.


Ao observar as pessoas ao meu redor, pude constatar que 99% vestia capa de chuva. Bem feito, quem mandou esquecer a capa de chuva na mesa do restaurante? No entanto, por sorte, Evandro ainda possuía uma última capa de chuva. Foi a minha salvação, porque a chuva que caiu molhou de verdade. Não fosse a capa, eu teria me encharcado.

1 comment: