Tuesday, February 22, 2011

Anime Opening #2 - Serial Experiments Lain

Bôa - Duvet (Nota: 10)




Bôa (obviamente não é a cantora coreana) é o nome da banda dos filhos de Paul Rodgers, Jasmine e Steve Rodgers, com Alex Caird e Lee Sullivan, filho de Terry Sullivan, baterista do Renaiscence (já escrevi uma resenha sobre o álbum Get There e pretendo repostá-la em breve). Britânicos, seu som remete um tanto ao britpop, em alta em meados dos anos 90, quando o grupo surgiu.


Alex, Lee, o pai Paul e os irmãos Steve e Jasmine

Seu primeiro trabalho, A Race of a Thousand Camels (1998), que na América passou a se chamar Twilight (2001) - título da segunda faixa do álbum - tem uma abordagem bastante sombria, com melodias depressivas e psicodélicas, que lembram Radiohead em seu início (eu sempre os cito, o leitor sabe disso), banda declarada como influência de Jasmine em seu MySpace.


OBS: o quinto elemento da banda (segundo à esquerda) é o tecladista, que saiu posteriormente.

Bôa, pelo que parece, não existe mais. Depois de Get There (2005), Jasmine e Steve prosseguiram em seu caminho sozinhos, sempre muito modestos e discretos. Os dois possuem um perfil no MySpace, onde pode-se ouvir os seus trabalhos. (deixo os links a seguir para quem quiser conferir: Jasmine e Steve)


Duvet, do primeiro álbum, é uma canção leve e envolvente, com uma letra forte, de quem expressa depressão e isolamento. Encaixa muito bem com a apresentação e o mau humor do desenho, que é uma viagem psicodélica do começo ao fim.

Bom, o desenho? O que acho dele? Razoável, eu diria. E para sustentar o meu ponto de vista, apresentarei os lados positivo e negativo da obra.

O lado positivo está no fato de que Lain, pelo menos baseado no que conheço de animês (o que não é muita coisa), praticamente revolucionou, inovou a forma de se fazer animê. Por quê? Lain é puramente conceitual. Não deve o espectador esperar dele um animê convencional, com as estruturas usuais, tão padronizadas de história, personagens, enredos e roteiros. Em Lain, tudo é muito diferente.

É claro, para se ter uma noção, antes dele houve Akira e Neon Genesis Evangelion, duas obras de teor psicodélico, e que em certo aspecto se assemelham. Mas em Lain, a viagem vai mais longe. São treze episódios de puro delírio e alucinações, misturados com elementos de tecnologia e ficção científica. Tenha certeza antes de assistir a este animê, pois para o gosto de alguns ele é intragável.

Agora, o lado negativo. Lain não tem muito a acrescentar, a não ser o conceito da arte de fazer animês. A história é muito vaga, não se entende muita coisa - talvez seja até este o motivo, equiparar-se às artes abstratas e surreais, confundindo e hipnotizando o espectador. Lain não é divertido, nem empolgante. Pode até intrigar com todo o seu mistério, mas se você espera algo revelador no final, você pode acabar se decepcionando.

Enfim, acho que deu para pesar bem os dois lados da balança. Minha intenção não era escrever sobre o animê, embora eu sempre faça algum comentário nesta modalidade de posts. O assunto principal mesmo é a abertura, que considero uma das melhores. Dei a nota máxima, mas para mim ainda não supera a abertura de Ergo Proxy, que, como já disse, é a minha nº 1.

O que faz da abertura de Serial Experiments Lain magnífica é a combinação da canção de Bôa, pela qual nutro uma afeição especial por sua sonoridade, e o vídeo de Lain, uma personagem que cativa muitos otakus por sua personalidade e estilo marcantes, que fazem dela um ícone no universo animê.


Veja também as aberturas de:

Ergo Proxy - Kiri (Monoral)
Higashi no Eden - Falling Down (Oasis)

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