Jóga
Todos os acidentes que acontecem
Seguem o ponto.
Coincidências fazem sentido
Apenas com você.
Não precisa falar; eu sinto
Paisagens emocionais,
Elas me confundem.
Até que o enigma se resolve
E você me induz a este
Estado de emergência - como é belo.
Estado de emergência - é onde eu quero ficar.
Tudo o que ninguém vê,
Você vê - o que está dentro de mim.
Cada nervo que dói
Você cura, bem em meu âmago.
Não precisa falar, eu sinto
Paisagens emocionais,
Elas me confundem.
Até que o enigma se resolve
E você me induz a este
Estado de emergência - como é belo.
Estado de emergência - é onde eu quero ficar.
Canção: Jóga.
Artista: Björk.
Composição: Björk, Sjón.
Retirado do álbum Homogenic, lançado em setembro de 1997.
Estado de emergência - é ao que esta música me induz. A propósito, como rezam seus versos: são "emotional landscapes" que me deixam "puzzled". Pois é, "puzzled" com a tamanha capacidade e talento de um ser humano.
"Quem é essa moça, afinal?", me perguntava. "O que ela tem de tão especial?" Até que fui conhecer a sua música, e foi então que eu percebi.
Para alguns a ficha pode não ter caído (e talvez nunca caia), mas agradeço por ter descoberto, mesmo depois de tanto tempo, essa joia rara. Porque para tudo existe o momento certo; talvez, se antes tentasse me aventurar nessas "paisagens emocionais" islandesas, eu tivesse me amedrontado e desistido de contemplar sua beleza.
É verdade, muito do que ela cria é não-convencional, desafiador, difícil até, às vezes, para os ouvidos acostumados, ou melhor, condicionados aos mesmos padrões de música de sempre. Mas ela está anos-luz a frente de muitos artistas. Björk é visionária, não hesita em explorar novos territórios. Cada obra sua é uma surpresa que nunca desaponta - pelo menos até onde eu pude perceber; ouvi os quatro primeiros álbuns (ainda "tem chão" pela frente) e só fui me surpreendendo à medida em que fui prosseguindo.
De fato, um estado de emergência. Versos de uma canção que expressa exatamente o que sinto - a perplexidade ao conhecer um prodígio.
Coincidence makes sense.
No comments:
Post a Comment