Oasis - Falling Down (nota: 10)
Eis o que eu considero uma das melhores composições de Noel Gallagher. Quem conhece Oasis, sabe que a banda, com raras exceções, não quis explorar muito o seu lado depressivo, como é o caso de seus conterrâneos de Manchester, The Smiths. Mas aqui sua melancolia é bastante convincente:
“A dying scream makes no sound,
Calling out to all that I've ever known.
Here am I, lost and found, calling out to all.”
Seus versos deixam explícita a sensação de isolamento e desespero. A esperança parece remota; todo esforço parece ser em vão.
“Catch the wheel that breaks the butterfly” faz referência a uma frase famosa do poeta inglês Alexander Pope: “Who breaks a butterfly upon a wheel?”, que significa: quem tortura uma borboleta em cima de uma roda? A roda - “breaking wheel” - era uma das ferramentas utilizadas para tortura e execução em praça pública na Idade Média. Torturar uma borboleta em cima de uma roda parece algo totalmente sem nexo e desnecessário; e é exatamente essa a ideia a ser transmitida na música: fazer um exagerado esforço para realizar algo pífio.
“I cried the rain that fills the ocean wide.
I tried to talk with God to no avail,
Called him up in-and-out of nowhere,
Said: if you won't save me, please don't waste my time.”
É uma letra que encaixa bem ao seu ambiente soturno; expressa uma tristeza que para mim surpreendeu, vindo de alguém como Noel. (veja aqui o videoclipe original do single)
Vamos agora ao Higashi no Eden – que significa “Éden do Leste”. Na história, é um site interativo, criado por um grupo do qual Saki Morimi, a personagem principal, faz parte. O site possui, dentre outras funções, uma ferramenta capaz de extrair informações sobre objetos e pessoas apenas com o uso das câmeras de telefones móveis que, conectados a este recurso via internet, conseguem reconhecê-los pela imagem. Ao meu ver, seria uma espécie de "Wikipédia" que contém registros e dados de praticamente qualquer coisa e qualquer pessoa à disposição, dados os quais podem ser acessados, inseridos ou complementados pelo simples celular de um usuário.
O foco principal da história, no entanto, está no mistério que envolve os “Seleção” – competidores de um jogo surreal, no qual cada um possui um celular carregado de 10 bilhões de ienes, e com estes créditos eles precisam salvar o Japão. O mais curioso é que uma operadora especial desses telefones, chamada Juiz, é capaz de realizar praticamente qualquer pedido feito por um Seleção.
O principal deles é Akira Takizawa, que é encontrado nu por Saki em frente à Casa Branca, em Washington DC, durante sua viagem de formatura. Juntos, eles procuram descobrir sua verdadeira identidade, já que ele perdeu a memória, e investigar os motivos que causaram o atentado da “Segunda Imprudente”, dia em que foram lançados mísseis no Japão, com alvos precisos, sem, porém, deixar qualquer vítima.
Avaliação:
Assisti aos 11 episódios da série e achei a história breve demais pelo conteúdo que tem a oferecer, apesar do intrigante início, seu humor e originalidade. Acredito que, com a ideia do jogo entre os 11 Seleção, poderiam ter desenvolvido um roteiro mais dinâmico e cheio de suspense, como é o caso de Death Note (um dos meus animês preferidos). É verdade, tudo fica mais intenso no final, o que já é de se esperar, mas além de ficar devendo, o desfecho foi muito súbito, ao meu ver.
Penso também que poderia ter havido uma exposição e desenvoltura maiores de cada personagem, inclusive os demais Seleção e os integrantes do Higashi no Eden. Resta-me agora assistir aos OVAs The King of Eden e Paradise Lost; espero que estes preencham as lacunas deixadas na série.
Veja também as aberturas de:
Ergo Proxy - Kiri (Monoral)
Serial Experiments Lain - Duvet (Bôa)
“A dying scream makes no sound,
Calling out to all that I've ever known.
Here am I, lost and found, calling out to all.”
Seus versos deixam explícita a sensação de isolamento e desespero. A esperança parece remota; todo esforço parece ser em vão.
“Catch the wheel that breaks the butterfly” faz referência a uma frase famosa do poeta inglês Alexander Pope: “Who breaks a butterfly upon a wheel?”, que significa: quem tortura uma borboleta em cima de uma roda? A roda - “breaking wheel” - era uma das ferramentas utilizadas para tortura e execução em praça pública na Idade Média. Torturar uma borboleta em cima de uma roda parece algo totalmente sem nexo e desnecessário; e é exatamente essa a ideia a ser transmitida na música: fazer um exagerado esforço para realizar algo pífio.
“I cried the rain that fills the ocean wide.
I tried to talk with God to no avail,
Called him up in-and-out of nowhere,
Said: if you won't save me, please don't waste my time.”
É uma letra que encaixa bem ao seu ambiente soturno; expressa uma tristeza que para mim surpreendeu, vindo de alguém como Noel. (veja aqui o videoclipe original do single)
Vamos agora ao Higashi no Eden – que significa “Éden do Leste”. Na história, é um site interativo, criado por um grupo do qual Saki Morimi, a personagem principal, faz parte. O site possui, dentre outras funções, uma ferramenta capaz de extrair informações sobre objetos e pessoas apenas com o uso das câmeras de telefones móveis que, conectados a este recurso via internet, conseguem reconhecê-los pela imagem. Ao meu ver, seria uma espécie de "Wikipédia" que contém registros e dados de praticamente qualquer coisa e qualquer pessoa à disposição, dados os quais podem ser acessados, inseridos ou complementados pelo simples celular de um usuário.
O foco principal da história, no entanto, está no mistério que envolve os “Seleção” – competidores de um jogo surreal, no qual cada um possui um celular carregado de 10 bilhões de ienes, e com estes créditos eles precisam salvar o Japão. O mais curioso é que uma operadora especial desses telefones, chamada Juiz, é capaz de realizar praticamente qualquer pedido feito por um Seleção.
O principal deles é Akira Takizawa, que é encontrado nu por Saki em frente à Casa Branca, em Washington DC, durante sua viagem de formatura. Juntos, eles procuram descobrir sua verdadeira identidade, já que ele perdeu a memória, e investigar os motivos que causaram o atentado da “Segunda Imprudente”, dia em que foram lançados mísseis no Japão, com alvos precisos, sem, porém, deixar qualquer vítima.
Avaliação:
Assisti aos 11 episódios da série e achei a história breve demais pelo conteúdo que tem a oferecer, apesar do intrigante início, seu humor e originalidade. Acredito que, com a ideia do jogo entre os 11 Seleção, poderiam ter desenvolvido um roteiro mais dinâmico e cheio de suspense, como é o caso de Death Note (um dos meus animês preferidos). É verdade, tudo fica mais intenso no final, o que já é de se esperar, mas além de ficar devendo, o desfecho foi muito súbito, ao meu ver.
Penso também que poderia ter havido uma exposição e desenvoltura maiores de cada personagem, inclusive os demais Seleção e os integrantes do Higashi no Eden. Resta-me agora assistir aos OVAs The King of Eden e Paradise Lost; espero que estes preencham as lacunas deixadas na série.
Veja também as aberturas de:
Ergo Proxy - Kiri (Monoral)
Serial Experiments Lain - Duvet (Bôa)
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