Wednesday, November 2, 2011

Album Review #6



Álbum: The Bends
Artista:
Radiohead

Ano:
1995

Selo:
Parlophone

Nota:
9,45

Pontuação:
112



Às vezes fico imaginando o que se passou pela cabeça das pessoas ou o que elas sentiram ao ouvir este álbum pela primeira vez, depois de construir todo um conceito sobre a banda, baseado na sonoridade de seu primeiro álbum, Pablo Honey. Deve ter sido uma grande surpresa, como foi para mim. E ainda que The Bends não tenha sido o primeiro álbum do Radiohead que eu ouvi, nem mesmo o segundo, o seu impacto foi inevitável.
Ele se diferencia (e muito) de seu antecessor pela riqueza e variedade nos arranjos e nas melodias. Aqui, Yorke está em sua melhor fase, com um vocal característico, ora incisivo, ora tênue, com os falsetes e vibratos pelos quais ficou conhecido.



Tuesday, October 18, 2011

Timbres Nacionais: Fuja Lurdes - Imaginar


Fuja Lurdes - Imaginar (nota: 9)



Com canções acessíveis, dentro daquilo que classificamos como
pop rock, o som de Fuja Lurdes remete às vezes a algumas melodias do Jota Quest. Tato Levicz, vocalista, no entanto, tem ótima performance e estética vocais, que conferem personalidade e consistência ao conjunto. As gravações disponíveis no perfil da banda, no site Palco mp3, são de qualidade profissional.

Em seu
release, tirado do mesmo site, está escrito:

A banda é formada por 5 grandes amigos com objetivos em comum. O primeiro disco, com 11 músicas próprias, foi gravado no estúdio
Toca do Bandido, com produção musical de Tomás Magno e produção executiva do ator/empresário Alexandre Slaviero. O álbum conta com a participação especial do tecladista Maurício Barros (Barão Vermelho) nas canções O Que Passou, Tão Só e No Caminho.

Monday, October 17, 2011

Videoclipe "Em Seu Olhar"




Já fazem 2 anos. Pois é, o tempo passa rápido. Nesta postagem, são apenas irrisórias 338 visitas. Acontece que não trabalhei com nenhum meio de divulgação para o vídeo, nem fiz muita exposição dele. Sem propagandas e campanhas não dá para fazer milagres. Até porque ninguém vai adivinhar que você gravou um videoclipe e que ele está no YouTube.

Tudo começou quando o site Terra promoveu o Concurso Hit Zero, em que os candidatos concorriam a um contrato com a gravadora Universal e uma apresentação no Festival Planeta Terra 2009. Isso foi no final do mês de setembro daquele ano.


Saturday, October 8, 2011

A "Simphonia" de Vinicius

Saiu na capa do jornal O Popular de 28 de setembro de 2011:


O Talentoso Vinicius

Arranjador e também compositor, Vinicius Lacerda, de 23 anos, está dando início a um novo projeto integrando uma banda, que se prepara para estrear no mercado. Mas, há tempos, o jovem já se dedica a um trabalho solo, que resultou no projeto "Simphonia Paralella", um CD com várias canções de Vinicius [e Rafael Lacerda], que mostra muita personalidade musical. Mais dessa história poderá ser conferida no sábado, no caderno Multiplus.


Thursday, September 29, 2011

Anime Ending #3 - Cowboy Bebop

The Seatbelts - The Real Folk Blues (nota:10)


obs: encerramento sem créditos


Após cinco dissertações de temas de abertura e desfecho de animês em inglês, venho finalmente escrever um post sobre uma canção em japonês: The Real Folk Blues, dos Seatbelts, sem dúvida um dos meus temas de animê preferidos.



The Seatbelts foi um conjunto de talentosos músicos liderados por Yôko Kanno, famosa compositora japonesa. A banda foi responsável por toda a trilha sonora do desenho e, posteriormente, de seu jogo para Playstation 2: Cowboy Bebop: Tsuioku no Serenade. Seu estilo varia do tradicional big band jazz (vide o tema de abertura, Tank!), passando pelo blues, funk e country, até o hard rock, hip-hop e electronica, abordando, inclusive, elementos de música experimental. O grupo chegou até a lançar um DVD - Future Blues.



Tuesday, September 13, 2011

Anime Opening #3 - Higashi No Eden

Oasis - Falling Down (nota: 10)



Eis o que eu considero uma das melhores composições de Noel Gallagher. Quem conhece Oasis, sabe que a banda, com raras exceções, não quis explorar muito o seu lado depressivo, como é o caso de seus conterrâneos de Manchester, The Smiths. Mas aqui sua melancolia é bastante convincente:

“A dying scream makes no sound,

Calling out to all that I've ever known.

Here am I, lost and found, calling out to all.”


Seus versos deixam explícita a sensação de isolamento e desespero. A esperança parece remota; todo esforço parece ser em vão.


Saturday, September 10, 2011

Nando Reis e os Infernais - 07 de setembro

Walter Villaça, Alex Veley e Nando Reis (por Vitor Salemo)

“A cavalo dado não se olha os dentes.”

É o que eu penso ao ver tantas pessoas reclamando da performance de Nando Reis e os Infernais na cidade de Mogi Mirim, interior de São Paulo, no dia 07 de setembro, em comemoração a 189 anos de Independência.


O evento foi promovido pela prefeitura da cidade, que deu o show de graça para a população. O leitor sabe que este blogueiro já foi em diversas apresentações, de nomes de peso da música internacional como U2, Scorpions, Coldplay e Radiohead. Então, supõe-se que ele saiba o que significa ir em um show de qualidade.



Tuesday, September 6, 2011

Traduções Livres V

Jóga


Todos os acidentes que acontecem
Seguem o ponto.

Coincidências fazem sentido

Apenas com você.

Não precisa falar; eu sinto


Paisagens emocionais,

Elas me confundem.

Até que o enigma se resolve


E você me induz a este


Estado de emergência - como é belo.

Estado de emergência - é onde eu quero ficar.


Sunday, August 28, 2011

Album Review #5



Álbum: Bloodflowers
Artista: The Cure
Ano: 2000
Selo: Fiction, Elektra
Nota: 8,33
Pontuação: 75


Smith declarou uma vez que Bloodflowers é a terceira e última parte de uma trilogia, composta pelos álbuns Pornography e Disintegration, aqueles que melhor definem The Cure. Faça sentido ou não, Bloodflowers diverge dos outros dois álbuns, com uma textura mais moderna e noventista. Aqui se encontra algumas das melhores composições de Smith: Where The Birds Always Sing, uma reflexão inteligente sobre a morte, e The Loudest Sound, com uma de suas letras mais profundas.


Saturday, August 6, 2011

Album Review #4


Álbum: High Violet
Artista: The National

Ano: 2010

Selo: 4AD

Nota: 9,65

Pontuação: 105



High Violet
talvez seja o melhor álbum que ouvi nos últimos três anos. Se eu estiver enganado, provavelmente será o segundo ou, no máximo, o terceiro. The National, como já havia afirmado anteriormente no post sobre o show, já está entre as minhas bandas de rock favoritas. E se um álbum não for o suficiente para tal, o leitor pode ouvir o Boxer que não vai se arrepender.


Saturday, July 30, 2011

Anime Friends 2011 - Eu Fui! (Parte III)



Estava na praça de alimentação, rumo ao palco principal, quando ouvi, de longe, acordes e trechos de Kouga Ninpou Chou, de Onmyouza. Ao chegar, pude presenciar tão somente os minutos finais do show da banda Animadness, que se apresentou por volta das 4h da tarde.




Acompanhei o cover que fizeram do X-Japan e a performance de temas de Final Fantasy e Death Note. O desfecho com What's up people? foi épico. Saliento aqui, portanto, o talento de todos os integrantes - a prova de que nós brasileiros temos algo a oferecer nesse quesito.




É verdade, os repertórios costumam ser quase os mesmos (por isso vibrei quando a banda que tocou ao meio-dia, cujo nome infelizmente desconheço, tocou
Howling do Abingdon Boys School, tema de abertura de Darker Than Black - ou, ainda me lembro, em uma edição do extinto Fanmixcon de Campinas, a banda Tsunami tocou Duvet, do Boa, banda da qual, o leitor já sabe, sou fã), mas devemos sempre reconhecer o esforço, a dedicação e a competência de nossos companheiros otakus.

Wednesday, July 27, 2011

Anime Friends 2011 - Eu Fui! (Parte II)

it's a long way to the top... by Kebarzivo

OBS: Este post é dedicado à ucraniana kirawinter, a fotógrafa de cosplayers por excelência. Kira, um dia eu chego lá!

Impressão minha ou o espaço nesta edição foi melhor aproveitado? Um dos companheiros de caravana (o mesmo que “filmou” minha performance no Animekê Livre do Anime Dreams 2011), disse que havia menos stands de fansubbers – o Soneca e um outro menos conhecido – e também menos salas temáticas. Mas, ao meu ver, o estabelecimento estava, de fato, mais espaçoso.


Anime Friends 2011 - Eu Fui! (Parte I)


Inicio esta série de posts com o trabalho de Rick Fernandes, character designer e escultor freelance que estava em uma das salas temáticas. Rick ministra aulas de escultura e desenho e lá divulgou, além de seu talento, o curso Pandora de escultura e criação de personagens.

Detalhe: o que você vê abaixo são obras de alunos, algumas delas em andamento.







Friday, July 1, 2011

Deviant do Dia – =Ronaaa


Back to perception, por =Ronaaa

"Tendemos a esquecer que a felicidade não vem como um resultado de conseguir algo que não temos, mas sim de reconhecer e apreciar o que temos."

Friedrich Koening


Nem sei o que significa ir para a cama em uma hora razoável; sou ocupada demais para me aborrecer e quero poder não me preocupar com o que as pessoas dizem. Minhas fotos são um diário para aqueles que podem lê-las.


São as palavras que Rona Keller, a deviant do dia, deixou na apresentação de seu perfil. Recentemente, ao publicar Finally, tomei coragem e fiz algo que há muito tempo pretendia fazer. Perguntei-lhe:


- Você se importaria se eu escrevesse um post sobre você em meu blog? É que eu gosto muito de suas fotos.

Ela, então, respondeu:

- De forma alguma, seria uma honra! Por favor, me passe o link em algum lugar assim que estiver pronto.


Rona, devo dizer, e é o mínimo que posso fazer: a honra é toda minha! Esta é a minha homenagem a você. Espero que goste.


Friday, June 3, 2011

Traduções Livres IV

Por que sempre chove em mim?

Não consigo dormir esta noite;

Todos dizem que está tudo bem,
Ainda não consigo fechar os olhos.
No final de toda esta luz vejo um túnel.


Dias ensolarados,
Para onde foram?
Tenho a mais estranha sensação
De que eles têm um lugar.

Por que sempre chove em mim?
É porque menti quando tinha dezessete anos?
Por que sempre chove em mim?
Mesmo quando o sol está brilhando
Não consigo evitar o relâmpago.


Wednesday, June 1, 2011

Album Review #3


Álbum: Get There

Artista: Bôa
Ano:
2005

Selo:
Bôa Recordings

Nota:
8,50

Pontuação:
100



O segundo trabalho do grupo liderado pelos irmãos Rodgers traz canções com uma sonoridade similar ao Twilight, mas com uma abordagem diferente em algumas canções. Get There não é tão sombrio quanto o seu antecessor, mas possui momentos de raiva, como em Wasted e A Girl, e escuridão, como em Daylight. É uma obra mais consistente, madura, e mais uma vez ela mostra o talento dos filhos de Paul.

Thursday, April 28, 2011

U2 - Brasil 2011: eu fui! (Parte IV)

Bono canta Ultra Violet (Light My Way), uma das canções mais esperadas da noite (e uma das minhas preferidas)


Eis o que eu chamaria de o "melhor espetáculo musical da Terra". Tudo bem que eu sou suspeito em dizê-lo, já que o U2 é a minha banda de rock favorita. O leitor tem todo o direito de discordar. Mas já fui em shows de bandas como Coldplay, Radiohead, Keane, Scorpions e, recentemente, The National - uma banda que merece destaque e respeito. Todos eles muito bons, na verdade. Mas nenhum chega perto do U2, honestamente. E não levo em consideração simplesmente o repertório - quiçá o melhor da turnê naquele dia, segundo alguns fãs - ou o estilo de música, mas a capacidade de envolver e emocionar o público.

Quem nunca foi talvez nunca entenderá o que eu estou dizendo. Eu mesmo já fui crítico desta turnê, não tendo apreciado tanto a performance da banda em sua apresentação em Pasadena, California. "Muita pirotecnia", alguns dizem. Mas não é bem assim. Estar lá é completamente diferente; é uma experiência inexplicável.

Bem-aventurados foram aqueles quase 90 mil brasileiros. E eu era um deles.

U2 - Brasil 2011: eu fui! (Parte III)


7:30 da noite. A chuva finalmente havia terminado. O estádio estava quase lotado. Luzes se apagaram. O telão acendeu. Nele apareceu o nome Muse. O show de abertura estava para começar.

U2 - Brasil 2011: eu fui! (Parte II)


Chegamos à Avenida Jorge João Saad perto das 2 horas da tarde. Havíamos conferido o preço do estacionamento no Shopping Butantã, que estava disponibilizando um andar exclusivamente para quem fosse ao show do U2. R$ 150,00. De jeito nenhum!, disse Maciel, meu colega de trabalho, quem dirigia o carro. O segurança, que nos passou a informação, argumentou: mas lá fora está ainda mais caro! Não muito obrigado, Maciel respondeu.

Ah, se tivéssemos acreditado no segurança! Tudo conversa. OK, R$ 100,00 ainda é um preço amargo, mas é o que conseguimos achar num comércio bem mais perto do estádio. Deixamos o carro lá e fomos até um restaurante, que ficava no outro lado da avenida. Já pude ouvir de longe, então, a checagem do som: o quarteto estava tocando o instrumental de Moment Of Surrender. Evandro, que também estava conosco, me deu uma capa de chuva, que havia trazido de casa - para não pagar caro.



U2 - Brasil 2011: eu fui! (Parte I)

Conseguir o ingresso não foi nada fácil...

7 de dezembro de 2010, 00:00. Quem disse que eu conseguiria acessar o site da Tickets for Fun? Pura ilusão. Estava totalmente congestionado. De acordo com o site, poderiam ser feitas quase 5.000 operações de compra simultaneamente. Para aqueles que excedessem os quase 5.000 acessos, havia uma página de “sala de espera”, que comportava 90.000 navegantes.


Pois é, isto mesmo. Eu fazia parte daqueles que excederam (veja bem, excederam) os 90.000 que estavam na “sala de espera”. Quem comprou (e quem tentou e não conseguiu comprar) o ingresso para o show do U2 sabe o caos que foi.

Friday, April 8, 2011

The National - Brasil 2011: eu fui!


Eis a banda de rock que agora estará entre as minhas favoritas: The National. Sempre tive uma queda por rock britânico: desde os clássicos - The Beatles, Pink Floyd, Led Zeppelin, Queen - ao britpop e derivados - Oasis, Radiohead, The Verve, Travis, Coldplay, e por aí vai.

Isto não significa, no entanto, que nos EUA não haja rock que me agrade. Longe disso. Lá também há muita coisa interessante. E a mais interessante que achei recentemente foi justamente esta banda, que já tem uma década de carreira, mas que só vem ganhando a notoriedade que merece atualmente.

Wednesday, March 30, 2011

Timbres Nacionais: Os Informais - Sem Esquecer



Os Informais - Sem Esquecer (nota: 9)

Num belo dia, em novembro do ano passado, fui visitado em meu perfil do Orkut por um pessoal muito gente fina, lá de Salvador, com os dizeres: é britpop na veia! Recordo bem da amistosa introdução e das semelhanças nos gostos musicais, as quais logo pude conferir - participação em comunidades como a de The Verve, Keane, Travis, Coldplay, enfim... (o leitor deve estar cansado de me ver citando essas bandas)


Creio que tenham me encontrado em algum lugar neste vasto universo que é a internet, talvez no MySpace ou no PalcoMP3; foi então que resolveram me convidar para conhecer o seu som, o qual muito apreciei e recomendo.

Dedico, portanto, este post a Os Informais.

Detalhe: esta canção faz parte do EP Em Busca do Som, de 5 canções. Você pode conferir o trabalho na íntegra acessando este link.


Veja também outros timbres nacionais:

Columbia - Tóquio
Fuja Lurdes - Imaginar

Saturday, March 19, 2011

Anime Ending #2 - Hellsing

Mr. Big - Shine (Nota: 9)



Mr. Big é uma banda de rock americana, original de Los Angeles, formada por Eric Martin (voz), Paul Gilbert (guitarra), Billy Sheehan (baixo) e Pat Torpey (bateria). Em sua formação há músicos de notável talento, tendo Billy Sheehan tocado com o UFO, David Lee Roth e, mais tarde, com Steve Vai; Paul Gilbert já trabalhou com gente como o Robert Plant. A banda também chegou a abrir shows do Rush e do Aerosmith.


Gilbert, Torpey, Martin e Sheehan

Thursday, March 17, 2011

Traduções Livres III

Finja estar sozinho

Somos apenas os macacos que caíram das árvores;
Somos uma praga sobre a terra.
Não somos as flores, mas as ervas daninhas no prado.

O amor é apenas uma forma de procurar a nós mesmos
Quando não queremos viver sozinhos.
Portanto, entre no vazio, rasgue suas roupas e nasça novamente.

Finja estar sozinho agora e que tudo se foi;
Somente reflexos animais, não há ninguém olhando.
Esqueça a moda, esqueça a lei,
Finja estar sozinho agora.

Wednesday, March 2, 2011

Há um ano atrás...

...o Coldplay se apresentou no Morumbi, em São Paulo; foi também o dia em que Chris Martin fez 33 anos - hoje com 34.



Wednesday, February 23, 2011

Album Review #2

Album: Forth
Artista: The Verve
Ano:
2008

Selo:
Parlophone

Nota:
9,40

Pontuação:
94


Oito anos depois de separados, os ingleses de Wigan resolveram se reunir mais uma vez em sua formação original para lançarem seu quarto álbum. Ouso dizer que Forth é tão bom quanto o Urban Hymns. Muitos discordam, como a AllMusic e o Pitchfork, mas essa é a minha opinião.


Em Urban Hymns, The Verve foi capaz de traduzir sua psicodelia para uma linguagem mais acessível, mais pop, sem perder o ímpeto e o vigor de A Northern Soul, nem a construção dos sons paisagísticos e as texturas oníricas de A Storm In Heaven. Em Forth, o ouvinte pode encontrar tudo isso, e num estágio ainda mais avançado, eu diria. Em todo seu curso, o álbum se mostra mais experimental que o antecessor, mas sem perder a consistência.

Tuesday, February 22, 2011

Anime Opening #2 - Serial Experiments Lain

Bôa - Duvet (Nota: 10)




Bôa (obviamente não é a cantora coreana) é o nome da banda dos filhos de Paul Rodgers, Jasmine e Steve Rodgers, com Alex Caird e Lee Sullivan, filho de Terry Sullivan, baterista do Renaiscence (já escrevi uma resenha sobre o álbum Get There e pretendo repostá-la em breve). Britânicos, seu som remete um tanto ao britpop, em alta em meados dos anos 90, quando o grupo surgiu.


Alex, Lee, o pai Paul e os irmãos Steve e Jasmine

Saturday, February 19, 2011

Deviant do Dia – hellobaby


Quem será hellobaby?


Pelo estilo e comportamento, há de se concluir que seja uma mulher. Sua origem é desconhecida, embora eu deduza que ela não seja de um país onde se fala inglês, já que os erros em suas mensagens são um tanto frequentes. Ora, quem tem um contato razoável com a língua consegue perceber quando alguém a domina. Ela não é o caso.

Friday, February 18, 2011

Traduções Livres II

Vivendo e aprendendo

Voltei para casa pela manhã e tudo se perdeu.
Deus, o que é que eu fiz?
Caí como um morto no corredor,
Amaldiçoando aquela aurora.
Ora, Sol, por que é que eu tenho que me dar mal?
Só estou tentando aprender!

Olhei para a luz a fim de aliviar um pouco a dor.
Foi tudo em vão, porque nada senti
A não ser uma dor em meu corpo
E um arrependimento na alma,
Mas vou ficar bem,

Porque estou vivendo e aprendendo.
Sim, estou vivendo e aprendendo.
Se viver, vai aprender.
Estou vivendo e aprendendo.

Wednesday, February 9, 2011

Timbres Nacionais: Columbia - Tóquio

Estamos a um mês do Carnaval, e lembro que há pouco mais de um ano, tive o prazer de receber o convite da banda Columbia no MySpace para assistir ao seu novo clipe: Tóquio. A composição parece tratar de uma situação do tipo “peixe fora d'água”. É uma ideia que fica bem clara no vídeo.



Monday, February 7, 2011

Album Review #1



Álbum:
Achtung Baby

Artista: U2
Ano: 1991
Selo: Island
Nota: 9,10
Pontuação: 107



Depois do sucesso de The Joshua Tree, a banda inicia a década de 90 com mais uma obra-prima: Achtung Baby. Diferente dos trabalhos anteriores, os irlandeses decidem inovar mais uma vez e reinventar o seu som, abrindo um leque de novas possibilidades para esse gênero tão difundido que é o rock. Aqui eles aderem a um approach mais dançante - presente em boa parte das canções, mas sem perder a essência - e desenvolvem uma sonoridade que, mesmo depois de vinte anos, ainda permanece rica e fresca aos ouvidos. Se com The Joshua Tree o U2 consolidou seu lugar entre as grandes bandas de rock da época, com Achtung Baby eles garantiram a sua permanência, servindo de exemplo e influência para artistas e bandas posteriores.



Notas Individuais das Canções:


08 - Zoo Station
09 - Even Better Than The Real Thing
10 - One
10 - Until The End Of The World
08 - Who's Gonna Ride Your Wild Horses?
08 - So Cruel
09 - The Fly
10 - Mysterious Ways
09 - Tryin' To Throw Your Arms Around The World
10 - Ultra Violet (Light My Way)
08 - Acrobat
08 - Love Is Blindness



Quem está acostumado com o famoso U2 de The Unforgettable Fire e The Joshua Tree, com seus grandes hits dos anos 80, vai estranhar a introdução deste álbum. Pode-se dizer inclusive que a primeira faixa, Zoo Station, não parece nada com U2; a voz de Bono, revestida de um efeito que remete aos timbres de walkie-talkie, está quase irreconhecível. O arranjo musical incorpora uma abordagem bem alternativa, decorada de sons eletrônicos. Somente a guitarra de The Edge, após segundos de música, deixa a sua marca com aquele timbre inconfundível.


Os fãs mais conservadores podem não ter gostado do que ouviram pela primeira vez. Mas essa deve ter sido a intenção: confundir, causar impacto, controvérsia. Foi uma forma muito inteligente de iniciar Achtung Baby, bastante conceitual, plena de significado. "I'm ready for the gridlock, I'm ready to take it to the street..."


A segunda canção é mais acessível. Even Better Than The Real Thing tem um quê de blues, tanto na melodia quanto em seu conteúdo lírico: "you're the real thing, even better than the real thing..." É sim, bem sensual, cativante, enérgica, com um riff de introdução que não tem nada a ver com blues; aliás, é mais uma das genialidades de The Edge, que faz uma guitarra soar diferente de qualquer outra coisa.



Em seguida, aquela que pode ser considerada a melhor composição da banda e uma das melhores canções dos últimos 50 anos: One. Não quero me precipitar a fazer afirmações exageradas, nem negligenciar o talento de tantos artistas e poetas que existem no mundo do rock, mas posso dizer com convicção que aqui Bono conseguiu expressar com muita persuasão e sentimento a dor de alguém que sofre de um amor desgastado, que caminha às ruínas.

Muitos simpatizaram com esta música porque ela retrata a realidade de muitas pessoas quando assumem um relacionamento, e ela vai direto ao ponto. A melodia é magnífica. Quando os seus primeiros acordes foram criados, a banda passava por momentos difíceis, e ela teve o poder de reunir os integrantes e recuperar suas energias para a criação de um novo álbum. Enfim, One acabou se tornando um hino da década de 90.



Until The End Of The World
, ao meu ver, deveria ser a terceira faixa do álbum, ao invés da quarta. Motivo: ela é uma ótima companhia para Even Better Than The Real Thing pelo seu ritmo e brilho. A letra, no entanto, não é como a última: ao invés de deificar a amada, dizendo que é "melhor até que o real", faz uma crítica a ela, que vive a vida como se fosse "o fim do mundo". O trabalho de The Edge aqui é de dar inveja; é difícil ouvir suas linhas e não fazer aquela contemplação. É uma viagem emocionante, uma experiência memorável.


Só não entendo uma coisa: não vejo os caras executando esta música em seu tom original. E não é nenhuma tarefa difícil para Bono, como seria em Bad ou Pride (In The Name Of Love). No entanto, todas as performances que vi dessa música (que não são poucas) estão com o tom modificado. Penso eu que aquele riff de introdução não fica melhor do que em Mi maior, e a melodia baseada na escala harmônica de Ré maior, pois é o que dá consistência a ela. Esta é a minha sincera opinião.


Who's Gonna Ride Your Wild Horses?
é uma canção muito agradável, remete mais à sonoridade familiar de The Joshua Tree, e formaria um par mais interessante com One se esta fosse a quarta faixa. O tema é bem apropriado, descreve a amada como um enigma, um "cavalo selvagem" e um "mar profundo". "You're dangerous, because you're honest...you're dangerous, you don't know what you want."


Só um único puxão de orelha: fade-out no final. Não sou fã de fade-out, embora eu ache que em algumas ocasiões ele funciona bem, como é o caso de Bad. Aquele é um fade-out bem aplicado, pois àquela altura já se sabe que a música está em seu fim. Em Wild Horses, no entanto, ele aparece subitamente, quando Bono ainda começa a repetir o refrão. Nem tudo é perfeito. OBS: gostei mais da versão do vídeo, cujo link está na lista acima.



So Cruel dá continuidade à sessão "romântica" do álbum (daí eu mais uma vez frisar que One deveria ser a quarta canção ao invés da terceira, porque ela seria a introdução perfeita para essa sessão). Aqui, o eu-lírico é maltratado pela amada, que parece ter o comportamento de uma sereia, que seduz o homem para depois castigá-lo: "Her skin is pale like God's only dove, screams like an angel for your love, then she makes you watch her from above, and you need her like a drug." A melodia, ainda que lenta, é profunda, com destaque no arranjo de cordas, que cria um ambiente ainda mais dramático. Somente uma alfinetada: o flanger na bateria me incomodou um pouco.


The Fly, embora fale de amor, é mais enérgica, de ritmo pulsante e um riff épico, orientado por delays e wah-wahs. Ela tem a força do rock and roll, embora não soe exatamente como o rock and roll, e sendo composição do U2, é diferente de tudo o que fizeram antes, seja pela maestria e inovação de The Edge, seja pela abordagem alternativa que Bono mais uma vez assume em sua melodia vocal, que ao invés de explorar as notas altas de seu amplo campo de alcance, permanece em seus timbres mais graves.

Meu trecho preferido: "Every artist is a cannibal, every poet is a thief, all kill their inspiration and then sing about the grief." Uma confissão sincera e realista. Se nos tempos em que esta composição surgiu já era difícil um músico soar 100% original, nos dias de hoje então parece uma tarefa praticamente impossível de se realizar. No entanto, não basta somente fazer algo diferente do convencional; se a música não for consistente e persuadir os ouvidos, todo esforço será em vão.



A próxima faixa é Mysterious Ways. Se você já se perguntou uma vez se é possível dançar U2, esta canção é a melhor resposta. A bateria, o baixo, a guitarra com seu flanger, todo o arranjo sabiamente construído com a intenção de fazer o corpo se mexer; um convite perfeito. A letra é uma poesia cheia de prosopopeias.


OBS: a esta altura, já fica fácil de entender por que The Edge é tão admirado e considerado um dos guitarristas mais inventivos da atualidade. Digam o que quiser os admiradores de semifusas, The Edge não se preocupa com rapidez ou complexidade. A sua única preocupação é a melodia como um todo e o que ele pode fazer para enriquecê-la. Tudo é válido. Conseguir muito com pouco, é o que ele faz - e sabe fazer muito bem.



Tryin' To Throw Your Arms Around The World
é subestimada, ao meu ver. Não fizeram dela um single, mas vejo nela facilmente um hit. Talvez seja até esse o motivo, sua acessibilidade. A banda queria dos singles algo mais ousado para fazer frente à nova obra. É uma canção que foge do padrão de seus últimos trabalhos, como quase todas as outras aqui, e foi uma fórmula que funcionou bem (ou não tão bem por ter sido ofuscada pelo brilho das demais). Mesmo assim, merece estar no álbum pela qualidade que lhe é inerente.



Enfim Ultra Violet (Light My Way). Quem já assistiu ao filme Click, conhece esta música, com aquele verso que Bono repete tantas vezes: "baby, baby, baby, light my way". Estranho, depois de tanto tempo, eles resolveram executá-la novamente na turnê U2 360°. Não entendo o motivo de sua omissão, uma vez que considero Ultra Violet tão forte como Where The Strees Have No Name ou Pride (In The Name Of Love). Sua letra pode não ter o mesmo impacto, mas sua melodia é soberba, uma das melhores coisas que eles já fizeram.



As duas últimas canções têm uma abordagem mais sombria. Acrobat me parece um nome adequado para a faixa, seja pelo ritmo cadenciado de 6/8, com a bateria peculiar de Larry (a qual muito aprecio, por ter uma certa identidade), seja pelos trocadilhos inteligentes nos versos. Love Is Blindness é lenta, um tanto soturna e também há uma ênfase maior em sua mensagem. É contemplativa; seu objetivo principal é a reflexão.

OBS: Este post foi republicado.

Veja também:

Album Review #2 - Forth (The Verve)
Album Review #3 - Get There (Boa)
Album Review #4 - High Violet (The National)
Album Review #5 - Bloodflowers (The Cure)
Album Review #6 - The Bends (Radiohead)

Sunday, February 6, 2011

Anime Ending #1 - Beck

Meister - My World Down (Nota: 9)


E esse Meister? Quem é ele? Meister, na verdade, é Ryo Matsui, guitarrista, ou melhor, ex-guitarrista do grupo japonês The Brilliant Green (abaixo), que, a propósito, recomendo aos fãs de J-Rock (acontece que ele deixou a banda recentemente).



Saturday, February 5, 2011

Deviant do dia - ELENADUDINA


El Valle Prohibido - ELENADUDINA

Fotomanipulação é uma técnica comum de se ver no deviantART, e para exemplificar como este tipo de técnica pode dar resultados significativos em um trabalho, escolhi uma das minhas artistas preferidas do ramo: ELENADUDINA.

Espanhola, super simpática e calorosa, desde que comecei a acompanhar seus trabalhos e comentá-los, ela tem me respondido com muita atenção e carinho. Recebeu do Deviant Awards o prêmio de melhor fotomanipuladora dos anos 2009 e 2010,em votação popular. Está escrito em sua medalha, que pode ser vista em seu perfil: "The Deviant Awards 2009-2010 - Recognition from the community: ELENADUDINA, best photo manipulator."

Friday, February 4, 2011

Anime Dreams 2011 - Eu fui!


E adivinhe: em que dia eu fui? No domingo, é claro!

Como a maioria das caravanas do interior. Se você também foi e viu um cara vestindo uma camiseta do deviantART, então você me viu. Se assistiu ao final da apresentação Animekê Livre do dia, deve ter visto o mesmo cara cantar Closer, do Inoue Joe (4º tema de abertura de Naruto Shippuuden).

Thursday, February 3, 2011

Traduções Livres I

Coisas que eu não entendo

A maneira como as ondas controlam o mar,
E aquilo que eu venho a ser,

Como coisas pequenas podem escapar de nossas mãos;


Como as pessoas mudam com frequência,

Dois não permanecem os mesmos,

Por que nem sempre tudo acaba como se planeja;


São coisas que eu não entendo.

Estas são coisas que eu não entendo.


Não sei escolher

O certo do errado,

O dia da noite,

A luz da escuridão;


Mas eu amo, amo esta vida.


Tuesday, February 1, 2011

Anime Opening #1 - Ergo Proxy

Monoral - Kiri (Nota: 10)



Monoral é uma banda de rock japonesa (mas que canta em inglês), criada em 2001 e contratada pela Sony Music Japan. Seus integrantes são Anis Shimada (vocalista e guitarrista, na foto abaixo, à direita) e Ali Morizumi (guitarrista e baixista, à esquerda). O curioso desta banda é a exótica mistura que compõe os seus membros: Anis é mestiço de japonês e marroquino (!!) e sabe falar inglês, japonês, francês e árabe (!!!). Nasceu em Londres e cresceu na França. Já Ali é mestiço de japonês e americano (uma mistura mais comum) e cresceu em Tóquio. É fluente no inglês e no japonês, e foi VJ na MTV Japan, onde conheceu Anis.




Deviant do Dia – BenHeine

Pencil vs Camera - 46, por BenHeine

Este é um artista e fotógrafo belga, famoso pela série Pencil vs Camera (lápis vs câmera), na qual se tira a foto de um determinado objeto, pessoa ou paisagem, e um desenho é acrescentado, como se este fizesse parte do próprio cenário ou da foto. Seus trabalhos quase sempre recebem destaque no deviantART pela alta qualidade. É um dos meus artistas favoritos.